quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ipea aponta queda no otimismo do brasileiro em novembro

O otimismo das famílias brasileiras em relação à realidade socioeconômica do País apresentou leve queda em novembro, segundo o IEF (Índice de Expectativas das Famílias) divulgado nesta quinta-feira. O indicador passou de 64,7, em outubro, para 63,7, em novembro. Em novembro de 2010, o indicador registrou 65,6 pontos. O IEF é elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, uma espécie de Ibope governamental), órgão ligado à Presidência da República, e considera o que as famílias esperam da situação econômica do País, a sua condição financeira, suas decisões de consumo e seu nível de endividamento. O Ipea faz o levantamento mensalmente em 3.810 domicílios, em mais de 200 cidades. Na escala do Ipea, a pontuação acima de 60 pontos indica otimismo; abaixo de 40, pessimismo. A redução da taxa foi causada pelo decréscimo de confiança das famílias brasileiras nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, superior ao acréscimo apresentado pelas outras duas regiões. A região Centro-Oeste continua sendo a região com as maiores expectativas, no entanto, houve uma queda de 6,6 pontos de outubro (75,5) para novembro (68,9). A segunda maior redução (5,6 pontos) no índice foi apresentada pela região Norte, passando de 60 pontos em outubro para 54,4 em novembro. O Nordeste apresentou uma queda menos acentuada, apresentando no mês de novembro, uma expectativa de 64,7 contra os 66,4 pontos em outubro. Em contrapartida, a região Sul apresentou um acréscimo significativo de 7,4 pontos em relação ao mês anterior, apresentando, em novembro uma expectativa de 68,3 pontos. Essa mesma região havia sofrido uma queda de 3 pontos no período setembro-outubro. Já a região Sudeste apresentou um aumento de 2,9 pontos em relação ao mês anterior, ficando com 65,4 pontos no mês de novembro. Em relação ao consumo de bens duráveis, 55,6% das famílias acreditam que agora é um bom momento para adquiri-los, enquanto isso, 40,6% afirmam não ser um momento ideal, ante 41,1 no mês anterior. A região Nordeste é a líder nesta questão, com 63,5% das famílias otimistas, seguida pelas regiões Sudeste e Centro-Oeste com 59,7% e 59,3%, respectivamente. As regiões Norte e Sul apresentam percentuais de pessimismo bem maiores que os de otimismo. No Norte 62,7% das famílias não acreditam que este seja um bom momento para adquirir bens de consumo, e no Sul, o percentual é de 55,1%. A pesquisa levanta ainda o grau de endividamento familiar: no Brasil, 8,22% das famílias estão muito endividadas (ante 7,9% no mês anterior) e 55,59% das famílias declaram não ter dívidas, ante 54,2% em outubro. A maior parte das família muito endividadas fica no Norte (11,67%), seguida pelo Nordeste (10,8%), Sul (9,55%), Sudeste (6,04%) e, por último o Centro-Oeste (4,56%).

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