domingo, 11 de dezembro de 2011

Fernando Pimentel diz estar "tranquilo" sobre denúncias e considera episódio superado

O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria) disse na sexta-feira, em Buenos Aires, que está tranquilo com relação às denúncias feitas contra ele sobre tráfico de influências. Prefeito de Belo Horizonte até 2008, Fernando Pimentel tem sido alvo de reportagens que associam seus negócios como consultor, antes da campanha de 2010, a empresas ligadas à prefeitura da cidade. O ministro contou que, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, na última quinta-feira, havia dado as explicações necessárias e que considera o episódio "superado". "Estou tranquilíssimo", afirmou ele. Disse, ainda, que se o Congresso o convocar para dar explicações, ele irá, pois considera uma obrigação de ministro. Na quarta-feira, a base aliada conseguiu rejeitar um requerimento de convocação do ministro na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Em mensagem publicada no seu site na sexta-feira, Fernando Pimentel reafirma que exerceu o serviço de consultoria no período em que não ocupava cargo público, entre 2009 e 2010, e diz que forneceu à imprensa todos os documentos que compravam a legalidade do negócio. Durante a semana, Fernando Pimentel disse que a P-21, sua empresa de consultoria, prestou serviços para a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Convap e QA Consulting. Mas, na última quinta-feira, reportagem do jornal "O Globo" mostrou que a empresa também recebeu R$ 130 mil da ETA Bebidas do Nordeste para fazer uma "análise econômico-financeira e mercadológica". Ainda segundo o jornal, os sócios da empresa na época afirmaram que não tinham condições para contratar uma consultoria nesse valor e que ela era incompatível com o negócio. Após a divulgação da reportagem, a ETA Bebidas divulgou uma nota para afirmar que o "trabalho foi regularmente prestado". Em dois anos, a empresa P-21, de Pimentel, faturou R$ 2 milhões, sendo R$ 400 mil apenas da QA Consulting, que tem entre os sócios um filho de Otílio Prado, sócio do ministro na consultoria e que deixou cargo na Prefeitura de Belo Horizonte após as suspeitas. Segundo o ministro, que nega o tráfico de influência, a empresa não manteve, nestes dois anos, qualquer contrato com os governos municipal, estadual ou federal.

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