quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Famílias exigem investigação líbia sobre colisão de avião em 1992

As famílias das vítimas de um avião da Libyan Airlines que colidiu com uma aeronave de combate há 19 anos exigiram que o novo governo líbio reabra a investigação sobre o acidente que matou 157 pessoas em 22 de dezembro de 1992. O governo de Muammar Gaddafi disse na época que a colisão em pleno ar, que ocorreu quando um caça MiG líbio bateu no vôo LN 1103, que se aproximava de Trípoli, foi um acidente. Os pilotos do avião de combate conseguiram ser ejetados da aeronave, mas nenhum dos passageiros e tripulantes do avião comercial sobreviveu. Os familiares disseram que começaram a suspeitar do acidente quando as forças de segurança intervieram imediatamente e enterraram os corpos em uma cova coletiva em um cemitério perto do local da colisão. Felicity Prazak, a viúva de Victor Charles Prazak, um trabalhador da área de petróleo que estava a bordo do vôo que ia de Benghazi rumo a Trípoli, acredita que a colisão não foi acidente. "Foi como um encobrimento da verdade. Eles os enterraram muito rapidamente, não queriam que soubéssemos o que aconteceu ao vôo", disse Felicity na semana passada, perto da cova coletiva em Sedi al Saieh, ao sul de Trípoli, junto com o filho, Theo, de 23 anos, e a filha Tallena, de 22. "Não tive permissão de ir ao funeral. Eu lutei durante 19 anos para descobrir o que aconteceu", disse ela. A família Prazak veio de Londres para lembrar o aniversário de 19 anos do acidente. Cerca de 200 líbios também rodeavam a cova coletiva, que foi cercada com telas de metal e coberta com uma laje de cimento.

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