segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Família de Collor pagou por “Dossiê Cayman”

Reportagem no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (12-12-2011) informa que a Polícia Federal concluiu que a família do agora senador Fernando Collor de Mello pagou pelo tal Dossiê Cayman, que procurava implicar a cúpula tucana com uma suposta conta ilegal mantida no Exterior. Já lá se vão 13 anos! Os fazedores de dossiê continuam na ativa. Só que, agora, as coisas se complicaram um pouco. Diz a matéria da Folha de S. Paulo: "Investigação da Polícia Federal afirma que a família do senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) pagou em 1998 pelo dossiê Cayman, conjunto de papéis forjados para implicar tucanos com supostas movimentações financeiras no Exterior. Segundo o inquérito, o senador teria recebido pessoalmente a papelada das mãos de um envolvido, em Maceió. As conclusões são baseadas em investigações da Polícia Federal, do FBI (nos Estados Unidos) e da Interpol. Collor não foi indiciado por não ter participação direta no pagamento nem na elaboração dos papéis, mas é citado como beneficiário do caso. De acordo com a investigação, o dossiê custou US$ 2,2 milhões em valores da época, pagos a partir de uma conta controlada por Leopoldo Collor, irmão do senador, no paraíso fiscal das Bahamas. Os irmãos Collor caíram em um engodo, diz o inquérito, já que na prática pagaram uma fortuna por papéis grosseiramente falsificados. A investigação rastreou as viagens feitas pelos envolvidos na produção e na difusão do dossiê. Eles transitam por Estados Unidos, França e Salvador, onde houve escala do avião. Por fim, chegam a Maceió. Os documentos mostram como uma “offshore” no Uruguai, em nome de um laranja de Leopoldo Collor, controlava uma conta nas Bahamas. E como foi a negociação para que o dinheiro fosse depositado em um banco em Coral Gables, uma cidade na Flórida, sem deixar rastros. Mas o FBI entrou no caso e conseguiu, ao lado da Interpol, apurar as conexões. O valor da venda apareceu em uma agência do Eurobank na cidade norte-americana, conforme autorização de transferência bancária de 31 de agosto de 1998". Os métodos dos bandidos continuam os mesmos. Quem botou os olhos em parte da papelada do tal dossiê se impressionava com a quantidade de detalhes, falsas evidências, supostas coincidências. Os bandidos procuram fazer a coisa direitinho. E era tudo uma tramóia de vigaristas. Os fazedores de dossiês continua na ativa. Qual é a diferença hoje? Agora são escancaradamente financiados pelo governismo: ou são contratados de notórios puxa-sacos do oficialismo ou SÃO FINANCIADOS POR ESTATAIS e até contratados de empresas públicas. E como as estatais os financiam? Com anúncios. É isto mesmo: caluniadores estão ali ostentando em suas páginas eletrônicas e suas revistinhas xexelentas o logotipo de empresas estatais. E os inocentes que se virem. O Dossiê Cayman foi uma das maiores fraudes da história. Se vocês procurarem o noticiário da época, verão a quantidade de reportagens publicada a respeito, mesmo na imprensa séria. Assim, a bandidagem age como sempre. O que mudou hoje é o governo. Antes, os bandidos agiam nas sombras. Hoje, são, direta ou indiretamente, funcionários do poder". (Reinaldo Azevedo)

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