sábado, 3 de dezembro de 2011

Estados Unidos ignoram pressão russa e mantêm escudo antimísseis

O governo Obama pretende completar o escudo antimísseis destinado a proteger aliados europeus contra o Irã, "goste a Rússia ou não", disse na sexta-feira o embaixador norte-americano junto à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). As objeções de Moscou ao projeto, que conta com a participação de Romênia, Polônia, Turquia e Espanha, "não serão a força motriz no que fazemos", disse o embaixador Ivo Daalder. Os Estados Unidos estimam que a ameaça representada pelos mísseis balísticos iranianos aumentou desde que, há dois anos, o presidente Barack Obama apresentou um novo projeto de defesa antimísseis, organizado em quatro etapas, com o objetivo de proteger o território norte-americano e seus aliados europeus, segundo Daalder. A ameaça iraniana, disse o diplomata, "está se acelerando, e se tornando mais severa do que sequer imaginávamos há dois anos". "Estamos mobilizando todas as quatro fases, a fim de lidar com essa ameaça, goste a Rússia ou não", acrescentou ele, insistindo que o sistema não representa uma ameaça para os russos. O diplomata disse também que, se a ameaça iraniana diminuir, "talvez o sistema seja adaptado para essa menor ameaça". Obama agradou o Kremlin em 2009 ao cancelar o plano do seu antecessor, George W. Bush, para um escudo antimísseis que teria radares na República Tcheca e interceptadores de mísseis na Polônia. Moscou se queixava da presença desse aparato nos arredores da sua esfera de influência. Mas, agora, Moscou diz que a nova versão, usando interceptadores em terra e em navios, poderia abalar o equilíbrio regional se forem realizadas melhorias que tornem os interceptadores capazes de neutralizar o arsenal nuclear dissuasivo da Rússia.

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