quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Em seu livro, Eike Batista recomenda "um pouco de megalomania"

No início dos anos 80, quando negociava com garimpeiros na Amazônia, o empresário Eike Batista, de 55 anos, levou um tiro nas costas depois de ter xingado um homem que lhe devia dinheiro. O episódio, que poderia ter encerrado de forma trágica a vida daquele que três décadas depois se tornou um dos homens mais ricos do mundo, ensinou ao empresário a desenvolver autocontrole. A briga com o garimpeiro é uma das histórias que Eike conta em "O X da Questão", espécie de guia de autoajuda empresarial escrito em parceria com o jornalista Roberto D'Avila e lançado na segunda-feira no Rio de Janeiro. A partir de casos como esse, o milionário dá conselhos de como sobressair no mundo dos negócios. Sua intenção, diz, é inspirar jovens empreendedores brasileiros a seguir seu exemplo. "Acho que já criamos bastante coisa para colocar num livro", disse o empresário, cuja fortuna é estimada em US$ 30 bilhões, a oitava maior do mundo, de acordo com a revista "Forbes". Ao menos um jovem empreendedor já se interessou pela obra. "Esse foi o primeiro livro que eu li", contou Thor Batista, de 20 anos, filho mais velho do empresário: "Gostei tanto que até li duas vezes". Thor disse que gosta de ler "coisas mais objetivas" do que livros. "Aquelas histórias que embolam muito, eu perco o interesse rapidinho". Com um tom típico dos best-sellers de autoajuda, nas 154 páginas Eike dá conselhos como "exercite a paciência", "releve as ofensas" ou "muitas vezes é preciso deixar o coração em casa antes de tomar uma resolução". Em tom mais confessional, afirma que não se incomoda com a frequência com que é classificado de megalomaníaco: "Na medida certa, um pouco de megalomania ou ousadia é recomendável".

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