domingo, 18 de dezembro de 2011

Delegacia não autua detidos pela Brigada por entender que PMs não tem atribuição para cumprir mandados judiciais

O Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) da Brigada Militar, do Rio Grande do Sul, reuniu mais de 200 brigadianos em Gravataí nesta quinta-feira para cumprir 32 mandados de busca e apreensão. A operação resultou em sete pessoas presas em flagrante por tráfico de drogas. Os detidos, no entanto, não foram autuados pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Gravataí. Segundo a Polícia Civil, os motivos foram a demora para apresentação do flagrante (alguns mais de 10 horas após o início da operação), a não apresentação na Delegacia dos mandados judiciais e ainda o fato da Polícia Civil entender que os policiais militares (PMs) não têm atribuição legal para cumprir estes mandados. O titular da 2ª Delegacia Regional, delegado Leonel Carivali, disse que esta será a tendência a partir de agora e que os plantonistas irão atuar conforme a lei. O comandante metropolitano da Brigada Militar disse que não vai entrar em discussão sobre o que é legal. Disse que apenas cumpriu determinação judicial após o Ministério Público (MP) ter solicitado os mandados. — Ficamos surpresos com a não autuação dos presos em flagrante. O Ministério Público teve que fazer contato com a Justiça, que solicitou a prisão preventiva — explicou o coronel Silanus Mello. A BM alega que foi prejudicada, já que alguns brigadianos ficaram com os detidos até o final da noite de quinta-feira na Delegacia aguardando solução. O impasse só terminou quando a Justiça decidiu pela prisão preventiva dos sete detidos em flagrante, 16 horas após o início da operação.

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