sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Chefe do FMI pede unidade global contra a crise europeia

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse que se a atual crise da dívida que atinge diversos países da Europa não for resolvida, as consequências poderão se tornar similares às da Grande Depressão da década de 1930. "É uma questão de realmente enfrentar os problemas, não ficar em negação, aceitar a verdade, aceitar a realidade e lidar com ela", disse Lagarde. As mais novas declarações da chefe do FMI foram feitas na última quinta-feira, durante um fórum sobre mulheres na política organizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Durante o evento, Lagarde defendeu que a Europa precisa da ajuda de todos os países para solucionar a crescente crise, porque o bloco europeu não conseguirá resolver o problema por si só. Ela não deu, entretanto, detalhes sobre quais ações espera que países ou o FMI tomem para enfrentar o problema. "Esta não é uma crise que será resolvida pela ação de um grupo de países. Será resolvida por todos os países, todas as regiões, todas as categorias de países atuando de fato", disse ela. Na semana passada, uma série de países europeus anunciaram que seus bancos centrais fariam empréstimos ao FMI para reforçar os recursos do fundo, como forma de aumentar o poder de fogo contra a crise econômica. O governo de Barack Obama, entretanto, disse que não transferiria mais recursos ao FMI, porque considera que o fundo já tem recursos suficientes para enfrentar o problema. A chefe do FMI também alertou que a crise européia está se intensificando e ameaça todas as economias do mundo. "Não há uma só economia no mundo que esteja imune à crise, que não só está se estendendo, mas também intensificando-se", afirmou: "As questões que teremos pela frente têm sido motivo de preocupação não só para a Eurozona, mas para toda a União Européia", disse Lagarde durante o evento.

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