domingo, 4 de dezembro de 2011

Carlos Lupi entrega carta de demissão, após tomar uns seis balaços de denúncias

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se reuniu na tarde deste domingo com a presidente Dilma Rousseff e entregou seu cargo. A situação do ministro ficou insustentável após o jornal Folha de S. Paulo revelar que ele acumulou dois empregos públicos por quase cinco anos antes de entrar para o Executivo federal. Após a revelação, o Palácio do Planalto passou a esperar que o ministro se antecipasse e pedisse demissão. Do contrário, a presidente Dilma Roussef teria de fazê-lo. Com a saída de Lupi, assume interinamente o número 2 da pasta, Paulo Roberto Pinto. Lupi também disse que não teve o direito de se defender. Além disso, segundo ele, sua demissão é uma maneira de evitar que "o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste País contra o trabalhismo não contagie outros setores do governo". Carlos Lupi foi o ministro alvo de acusações mais longevo do governo, resistindo com ajuda do Planalto desde 9 de novembro, após reportagem da revista "Veja" afirmar que assessores recebiam propina. Dos 37 ministros, a presidente Dilma Rousseff já perdeu sete desde o início de seu governo, em janeiro, sendo seis acusados de irregularidades: além de Lupi, Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Antonio Palocci (Casa Civil) e Orlando Silva (Esportes). O objetivo de Dilma era demiti-lo apenas na reforma ministerial, prevista para janeiro. Isso evitaria o constrangimento de ver seu sexto ministro cair por suspeita de irregularidades e a livraria de tratar antecipadamente da acomodação do PDT.

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