segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Brasileiro vai às compras de fim de ano cheio de dívidas

Os brasileiros vão às compras neste Natal endividados como nunca, mas com renda suficiente para assumir novos compromissos. Projeções da MB Associados indicam que o grau de endividamento, medido pela relação entre o estoque de dívidas e a renda anual das famílias, atingiu 43,2% este mês, 4 pontos porcentuais acima dos 39,2% de dezembro do ano passado. No entanto, o orçamento familiar não foi tão castigado, segundo a consultoria. A parcela do salário mensal comprometida com o pagamento das prestações passou de 19,4%, em dezembro de 2010, para 22,4%, agora, representando uma alta de 3%. "O consumidor se sente confortável em eventualmente tomar mais crédito, já que tem a perspectiva de continuar empregado e tendo aumento de renda, principalmente diante da elevação de 14% no valor do salário mínimo", diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Apesar de recorde, o nível de endividamento no Brasil ainda é relativamente baixo quando comparado com o de outros países, observa o economista. No Reino Unido, o endividamento correspondia a 171% da renda líquida das famílias em julho deste ano. No Canadá e no Japão, essa relação era de 148% e 126%, pela ordem. Isso é mania de economista, de achar que é baixo o nível de endividamento. Pois foi esse endividamento, para compra de casas, que levou à crise dos subprimes nos Estados Unidos e detonou a crise mundial de 2009. Essa crise afetou os Estados, que agora estão em crise, especialmente os da Europa, ameaçando jogar o mundo inteiro em um grande processo recessivo.

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