sábado, 26 de novembro de 2011

Sarney diz que estatização de sua fundação foi "prova de amor" ao Maranhão

Em artigo publicado em seu novo blog, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que a estatização da fundação que leva o seu nome, no Maranhão, foi uma "prova de amor" ao Estado. Dizendo serem "injustas" as críticas de "alguns idiotas", Sarney lista documentos, peças de museu, de obra de arte e documentos que passarão para a tutela do governo estadual. A OAB no Maranhão entrou com ação no Tribunal de Justiça local contra a lei. O PPS recorreu ao Supremo Tribunal Federal com uma ação de inconstitucionalidade contra a norma. "Doei ao povo do Maranhão um patrimônio, como o que outros presidentes venderam, do meu valioso arquivo de mais de um milhão de documentos, três mil peças de museu de obras de arte e uma biblioteca de mais de 30.000 livros, muitos raríssimos, que acumulei ao longo de minha vida. E o fiz grandeza, amor e desprendimento", escreveu Sarney. O iFHC, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), é mantido apenas com verba privada. No texto, chamado de "A burrice e a política", Sarney afirma também que não pode evitar uma reação a essa discussão. Ele diz que sua melhor qualidade é a paciência. Uma lei sancionada no mês passado pela governadora Roseana Sarney (PMDB), filha do senador, criou uma nova fundação pública, a Fundação da Memória Republicana Brasileira. A nova fundação irá receber o acervo da Fundação José Sarney, que está sem recursos e será extinta. Entre os bens que serão transferidos está a sede da fundação, um prédio do século 17, em São Luís, doado à fundação pelo Maranhão.

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