segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PSD fragiliza bases da oposição no NE para eleição 2012

O PSD (Partido Social Democrático) se tornou uma linha auxiliar dos aliados da presidente Dilma Rousseff no Nordeste, atraindo ex-oposicionistas e fortalecendo o governo nas eleições de 2012. A cooptação de deputados estaduais, deputados federais, prefeitos e vereadores pelo partido do prefeito Gilberto Kassab (São Paulo) redesenhou o mapa nordestino, onde Dilma bateu o tucano José Serra por 70% a 30% dos votos na eleição de 2010. Nos nove Estados da região o PSD já tem sob seu comando 234 prefeituras. Siglas de oposição como PSDB e DEM foram as que mais perderam nos três maiores colégios (BA, PE e CE). Esse encolhimento coincide com o naufrágio eleitoral de líderes oposicionistas como Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Marco Maciel (DEM-PE), que não conseguiram a reeleição para o Senado em 2010. Na linha de frente da onda adesista, os governadores aliados de Dilma patrocinaram a migração para o PSD. Na Bahia, sob Jaques Wagner (PT), o PSD nasceu com 66 prefeitos (um terço deles é de ex-tucanos ou ex-demistas). Com as adesões, o petista tem na Assembleia Legislativa uma base maior que a de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) em seu auge. Em Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB), o PSD tem 20 prefeitos. Deles, 12 saíram do DEM, dois do PSDB, e um do PMDB. No Ceará, o esvaziamento do PSDB é operado com o aval do governador Cid Gomes e do ex-ministro Ciro Gomes, do PSB. O partido de Tasso, ex-aliado dos irmãos Gomes, perdeu metade dos 52 prefeitos que elegeu para o PSD. "Trata-se de uma operação casada desses governadores com o Planalto para cooptar os prefeitos", afirmou o senador José Agripino (RN). No Rio Grande do Norte, o vice-governador Robinson Faria assumiu a direção do PSD local, rompeu com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e cooptou 15 prefeitos.

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