terça-feira, 8 de novembro de 2011

Promotor diz que presos achavam que prisão do Rio era "spa"

De acordo com o promotor da GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Décio Alonso Gomes, presos classificavam a carceragem da Polinter (polícia interestadual) de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, como um "verdadeiro spa". Segundo o promotor, o preso Lúcio Ribeiro disse que "tinha uma vida muito boa" lá. A conversa telefônica de Lúcio Ribeiro foi interceptada com autorização da Justiça em agosto deste ano. Na gravação, o detento conta também que, quando ele saía da cadeia, comia bolinho de bacalhau e lombo canadense com chope em um bar próximo a carceragem. "A Polinter de Nova Friburgo (hoje desativada pela chefia de policia) era um verdadeiro spa em que a pessoa passava lá verdadeiras férias, não caracterizando verdadeiramente uma prisão", afirmou o promotor Décio Alonso Gomes. Na manhã desta terça-feira, os policiais da Draco, com apoio da Corregedoria Geral Unificada das Polícias, prenderam 12 pessoas que eram investigas por esquema de corrupção entre policiais, carcereiros e presos. Entre os detidos estão oito policiais civis. O esquema envolveria pagamentos de presos para policiais no valor de R$ 1.600,00 a R$ 3.000,00 por serviços, como transferência de presídios e saídas da carceragem de Polinter. Segundo a Secretaria de Segurança Pública o esquema seria chefiado pelo delegado Renato Soares Vieira, coordenador do núcleo de controle de presos da Polinter. O delegado Vieira já havia sido acusado de envolvimento entre corrupção de carceragem.

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