quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Presidente da África do Sul diz que subsídios contra pobreza oneram orçamento

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afirmou que o país não pode continuar assumindo as ajudas a 15,2 milhões de cidadãos, cerca de 30% da população sul-africana, que atualmente são mantidas pelo governo. "Não podemos ser um Estado do bem-estar", disse Zuma durante sessão parlamentar realizada na Assembléia Nacional sul-africana, com sede na Cidade do Cabo. "É impossível sustentar uma situação na qual as ajudas sociais não param de crescer e ameaçam se transformar em um problema permanente", acrescentou Zuma. O presidente da África do Sul afirmou que os esforços dos contribuintes deveriam se voltar para o crescimento econômico, "em lugar de alimentar os pobres". Zuma advertiu que o país terá que enfrentar a redução dos subsídios sociais, que absorvem 10,9% do orçamento geral do Estado, de acordo com o Tesouro. Sobre as desigualdades e a pobreza que caracterizam a sociedade sul-africana e que levam cerca de 30% da população depender da ajuda do governo, o presidente atribuiu a responsabilidade a "erros do passado, especialmente no setor de educação": "Devemos educar nossos cidadãos para que não engrossem as listas dos que precisam ajuda", apontou. Para ele, é insustentável que pessoas em plenas faculdades "façam parte do Exército dos que vivem na pobreza". O Tesouro estima que a despesa em proteção social aumente dos 160 bilhões de rands (cerca de US$ 18,86 bilhões) em 2012 até os 182 bilhões de rands (US$ 21,45 bilhões) em 2014.

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