terça-feira, 15 de novembro de 2011

Petista Agnelo Queiroz diz que "palavra de governador é prova"

O governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz (PT), negou-se a apresentar provas de que o depósito de R$ 5.000,00 feito por um lobista em sua conta bancária era apenas o pagamento de um empréstimo feito em caráter pessoal. Ao ser questionado sobre o tema, o petista afirmou, via assessoria, que a "palavra de um governador de Estado já é, por si, uma prova". Que tal, ele inventou uma nova categoria judicial. Agnelo Queiroz era diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) quando, no dia 25 de janeiro de 2008, recebeu em sua conta pessoal um depósito de R$ 5.000,00 feito por Daniel Tavares, que trabalhava como lobista para a farmacêutica União Química. O petista Agnelo Queiroz liberou no mesmo dia certificado para que a empresa pudesse participar de licitações. A Anvisa abriu investigação sobre o caso. Na segunda-feira da semana passada, Agnelo Queiroz afirmou que o depósito foi a devolução de um empréstimo feito ao lobista. Ele disse que deu o montante em espécie, "em caráter pessoal, sem documento ou contrato". Na quarta-feira, o petista afirmou que poderia provar que emprestou o dinheiro. Mas, voltou atrás, e agora sua assessoria diz: "O que o governador disse é que, de modo geral, há provas de que ele fala a verdade". E acrescento que a palavra de um governador deve funcionar como prova, "ainda mais quando confrontada com a de pessoas que a cada momento mudam de versão". O lobista primeiro dizia que o depósito era parte de propina para o então diretor da Anvisa ajudar a União Química. Depois, passou a confirmar a versão do governador.

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