sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mudanças na conta de luz incentivam criação de empresas superelétricas

As mudanças promovidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nas tarifas de energia vão forçar a criação das superelétricas, megadistribuidoras para controlar o fornecimento de eletricidade para regiões com grandes concentrações de consumidores. Nesse sentido, toda a mudança tarifária promovida pela agência reguladora se alinha ao plano do governo federal de incentivar a criação das megacompanhias de distribuição de energia, o que também deverá ter o apoio do BNDES. Grupos com mais de 5 milhões de consumidores atendidos são os principais candidatos a iniciar um processo de fusões com companhias menores. Não está descartado que esses negócios ocorram entre eles mesmos. Empresas como a Cemig (10,8 milhões de consumidores), Neoenergia (9,2 milhões), AES Brasil (7,3 milhões) ou CPFL Energia (5 milhões) devem assumir a dianteira desse movimento de reconcentração da distribuição no Brasil. As pequenas distribuidoras ficam pressionadas com novas metas de qualidade e eficiência. Com os altos custos operacionais sem a correspondente escala de atendimento, as empresas podem começar a ter problemas. Sem atingir as metas de de qualidade e eficiência, as distribuidoras não terão os repasses integrais para recomposição das tarifas. No médio prazo, podem não alcançar as remunerações de capital exigida pelo investidor.

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