terça-feira, 1 de novembro de 2011

Israel adota sanções após entrada da Palestina na Unesco

Israel decidiu construir 2.000 residências em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia e congelar provisoriamente a transferência de recursos à ANP (Autoridade Nacional Palestina) como medida de retaliação pela admissão do governo palestino como membro de pleno direito da Unesco, informou neste terça-feira à noite o governo israelense. "Estas medidas foram tomadas pelo fórum dos oito principais ministros sob a presidência do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, como sanção após a votação na Unesco", indicou a fonte. "Vamos construir 2.000 residências, incluindo 1.650 em Jerusalém, e o restante nos assentamentos de Maalé Adoumim e de Efrat (no sul de Belém, na Cisjordânia)", indicou essa autoridade. "Ele também decidiu congelar provisoriamente as transferências de fundos destinados à Autoridade Palestina, até que uma decisão definitiva seja tomada", acrescentou este alto funcionário. "O que aconteceu na Unesco não é algo sem importância e deve ser tratado com seriedade. Israel pode escolher efetuar uma resposta unilateral própria a esta iniciativa", disse fonte diplomática citada pela edição on-line do diário "Yedioth Ahronoth". Outras fontes ligadas ao Executivo davam a entender que a reação será edificar mais casas em assentamentos situados em "lugares que Israel não vê como problemáticos", embora o anúncio receba "críticas internacionais". O vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Danny Ayalon, afirmou que o país quer estudar respostas à votação no nível diplomático e político. "A Unesco se tornou uma organização política ao admitir um Estado que não existe, depois da votação de uma maioria automática de seus membros. Esta iniciativa dos palestinos demonstra que eles não querem a paz nem negociações, têm apenas a intenção de perpetuar o conflito", ressaltou. O vice-chanceler também manifestou decepção com a França, que cedeu à Autoridade Palestina depois de ter tentado dissuadí-la de sua iniciativa na Unesco. Os palestinos se preparam agora para apresentar um pedido de ingresso na OMS (Organização Mundial da Saúde), segundo o ministro da Saúde da ANP, Fathi Abu Moghli.

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