quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Grupo fraudou INSS de vítimas de acidentes de Gol, TAM e Air France

A quadrilha que a Polícia Federal desarticulou nesta quinta-feira é suspeita de fraudar benefícios previdenciários de vítimas de grandes desastres aéreos no País. Segundo a Polícia Federal, foram identificados ao menos nove casos, sendo quatro relacionados ao desastre com o vôo 1907 da Gol (2006), dois do vôo 3054 da TAM (2007) e três do vôo 447 da Air France (2009). Ao menos 160 policiais federais e técnicos da Previdência Social participam das operações "Miragem" e "Caixa Preta". No total, a Justiça expediu 17 mandados de prisão preventiva. Todos já foram presos, segundo o INSS, e 28 mandados de busca e apreensão. Como muitas pessoas que morreram não deixaram dependentes, foram forjadas relações de parentesco e dependência econômica para justificar a concessão de pensões por morte irregulares. De acordo com o delegado Álex Levi Bersa de Rezende, coordenador da operação, os fraudadores usavam números de CPFs verdadeiros e criavam nomes fictícios para criar um falso laço de parentesco com alguma vítima dos acidentes. As fraudes com pensões concedidas a falsos dependentes de vítimas de acidentes aéreos resultaram em prejuízo de R$ 358 mil. No total, as quadrilhas causaram um prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 3 milhões. "A organização criminosa era composta por quatro células distintas que trocam favores e irregularidades entre si, visando criar vínculos empregatícios irreais, segurados fictícios e relações de dependência econômica inexistentes. Para isso, falsificavam documentos públicos, inseriam dados falsos nos sistemas da Previdência Social e corrompiam servidores", informou, em nota a Previdência.

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