quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Filho de Gaddafi foi traído por guia a quem prometeu R$ 2,4 milhões

Saif al Islam Gaddafi, filho do ex-ditador líbio, Muammar Gaddafi, que ainda estava foragido, foi traído e levado a seus captores por um guia que diz ter sido contratado para ajudá-lo a escapar para o Níger com a promessa de receber 1 milhão de euros (R$ 2,4 milhões). Com um lenço preto enrolado na cabeça, Yussef Saleh al-Hotmani disse que entrou em contato com combatentes revolucionários no sul da Líbia para informá-los quando o grupo de Saif, composto por dois carros, estaria passando pela região na noite de 18 de novembro. "Eu fiz Saif acreditar que eu confiava nele", disse ele nesta terça-feira em Zintan, onde Saif al-Islam está detido em um local secreto antes que os detalhes da sua acusação sejam finalizados. Na noite da captura de Al Islam, Hotmani disse que ele estava viajando com o guarda pessoal mais jovem de Gaddafi no primeiro carro do comboio. "Eu tinha combinado com os combatentes que capturaram Saif al-Islam que o melhor lugar para a emboscada seria uma parte do deserto que era rodeada por terrenos altos", explicou ele. Dez combatentes de Zintan, situada nas montanhas ocidentais, e cinco da própria tribo de Hotmani, a Al Hotman, estavam à espera. "Quando nós chegamos no local escuro, o tiroteio foi muito preciso, levou apenas cerca de meio minuto para capturar o primeiro carro", disse ele, acrescentando que tinha intencionalmente dito ao comboio de Saif al-Islam para deixar um espaço de 3 quilômetros entre os veículos Com isso, ele daria aos combatentes tempo para se reagruparem e para Hotmani se juntar a eles: "Quando o segundo carro chegou, começamos a atirar com muita precisão, para danificar o veículo para que ele não pudesse escapar". Saif al-Islam, vestido com uma túnica longa e um lenço de cabeça marrom em volta do rosto, pulou para fora do carro, tentou fugir, mas foi capturado, contou Hotmani. O nômade do Saara, que se autodenomina o "filho do deserto", recusou-se a dar detalhes sobre quando ou como ele contatou os 15 combatentes do governo interino que pegou Saif al-Islam.

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