quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Família de aluna orientada a falar com pedófilo alerta consulado

A família da aluna de 12 anos orientada pela professora a procurar um pedófilo na internet alertou o Consulado dos Estados Unidos em São Paulo sobre o caso. A menina é filha de brasileiros, mas nasceu nos Estados Unidos. O caso ocorreu na escola estadual Professora Maria Ramos, no bairro Boa Vista, em São Carlos (a 232 quilômetros de São Paulo). A classe foi dividida em grupos, e o tema do trabalho da aluna era sobre pedofilia. O pedido foi registrado pela professora no caderno da estudante, em forma de um bilhete para os pais. O Conselho Tutelar da cidade fez uma cópia do bilhete para encaminhá-lo ao Ministério Público Estadual. A Secretaria de Estado da Educação afastou a docente. O bilhete orienta a garota a entrar "numa sala de bate-papo com nome fictício, mas idade real", com o objetivo de tentar atrair um pedófilo para a conversa on-line. O texto ainda orienta a aluna a imprimir a conversa para anexá-la ao trabalho. Aos pais a orientação do bilhete era que vigiassem a conversa online da filha, porque o "único objetivo é mostrar a eles (alunos) o risco desse tipo de conversa". Além do bilhete, a mãe da aluna, uma autônoma de 37 anos, conta que a professora ainda pediu que, após a conversa, a menina marcasse um encontro com o pedófilo em frente à catedral da cidade. O encontro, afirma a mãe, seria "flagrado" pela própria professora, que estaria escondida com uma câmera fotográfica nas mãos. O pedido para marcar o encontro não consta do bilhete. A autônoma diz que a filha chegou em casa, na última quarta-feira, assustada com a tarefa e que lhe mostrou o bilhete da professora. A menina temia que, se não fizesse o trabalho, seria prejudicada nas notas do final de ano na escola. "Fiquei revoltada. Como se pede isso a uma menina dessa idade? Ela acha que a pessoa do outro lado ia falar: 'Oi, tudo bem' para minha filha? Não. Ia usar palavras de baixo calão", disse a mãe. No dia seguinte, a autônoma diz que cobrou explicações da direção da escola e da professora, que, segundo a mãe, se manteve calada. A direção da escola defendeu a professora, dizendo que o trabalho escolar era normal, segundo a mãe. "Normal? Isso me revoltou. Então se forem sugerir um trabalho sobre drogas vão mandar minha filha ir a uma biqueira comprar droga?"

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