terça-feira, 15 de novembro de 2011

Estudo mostra "maioria" de negros em 56,8% dos municípios

O número de municípios onde os domicílios tinham maioria de pretos e pardos aumentou 7,6% entre 2000 e 2010, passando de 49,2% para 56,8%. A constatação faz parte do Mapa da População Preta & Parda no Brasil segundo os Indicadores do Censo de 2010, divulgado nesta segunda-feira. Em 1.021 cidades (18,3% do total), pretos e pardos eram mais de 75% da população. O estudo foi elaborado pelo Laeser (Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O percentual de pessoas que se declararam pretas passou de 6,2% para 7,6% em uma década. O aumento foi maior entre as que se declararam pardas, de 38,5% para 43,1% no mesmo período. Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas. O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, acredita que os indicadores com base no Censo 2010 foram influenciados pelo processo de valorização da presença negra na sociedade brasileira e pela adoção das políticas afirmativas. De acordo com o levantamento de 2010, São Paulo é a cidade com maior número de pretos e pardos em todo o País, com cerca de 4,2 milhões, seguido do Rio de Janeiro (cerca de 3 milhões) e Salvador (cerca de 2,7 milhões). Se forem considerados apenas negros, Salvador lidera o ranking, com 743,7 mil, seguida de São Paulo (736 mil) e do Rio de Janeiro (724 mil). No Norte e no Nordeste, respectivamente, 97,1% e 96,1% dos municípios eram formados por maioria preta e parda. No Centro-Oeste, esse percentual chegava a 75,5%, no Sudeste, a 37,1% e, no Sul, a apenas 2,3%.

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