sábado, 19 de novembro de 2011

Chevron admite erro de cálculo na produção em Frade

O presidente da Chevron Brasil, George Buck, confirmou que o vazamento de petróleo ocorreu em uma parte do poço injetor sem revestimento, pouco abaixo da sapata, onde termina a camada de revestimento, localizada a 567 metros de profundidade do subsolo marinho. A extensão do poço a partir do subsolo é de 2.279 metros. A profundidade total, do espelho d'água até o final, é de 3.329 metros. O executivo negou que a Chevron estivesse perfurando em profundidade acima da permissão que tinha na concessão para explorar petróleo no Campo de Frade. Segundo ele, houve um erro de cálculo na injeção de lama pesada no reservatório para elevar a produção do óleo. "Nós subestimamos a pressão no reservatório. O peso da lama foi programado para outra pressão", afirmou Buck. Ele revelou, ainda, que técnicos da Petrobrás, que sobrevoaram a área de helicóptero no dia 7, perceberam a mancha de óleo e alertaram a Chevron. A estatal brasileira opera plataformas em áreas próximas, como a do campo gigante de Roncador. O executivo classificou a segunda-feira, 14, como "o pior dia", quando foi identificada uma mancha correspondente a 884 barris de óleo na superfície do mar. Isso ocorreu um dia depois de ter sido introduzida uma quantidade de lama suficiente para interromper o fluxo do óleo e iniciar a cimentação do poço. A lama injetada pela Chevron é um material especial usado no processo de produção. O material é introduzido no reservatório para facilitar a retirada do petróleo. Segundo Buck, com o peso do material, a pressão do óleo foi muito forte e o produto subiu para a parte aberta do poço injetor,de onde vazou.

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