terça-feira, 8 de novembro de 2011

Carlos Lupi diz que só deixa o ministério do Trabalho "abatido à bala"

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse nesta terça-feira que não se afastará da pasta por causa das denúncias de que um dos seus assessores seria o articulador de um esquema de pagamento de propina em nome do PDT. A acusação está na revista Veja desta semana. "Para me tirar do ministério, só abatido à bala, e tem que ser uma bala bem pesada, por que sou grande. Não há possibilidade de eu me afastar do ministério", afirmou Carlos Lupi na tarde desta terça-feira, depois de se reunir com com a bancada de seu partido, o PDT, para tratar do assunto. De bala ele deve entender muito, afinal é do Rio de Janeiro, onde a coisa mais natural é tiroteio pesado com balas de rifle. Um delas matou o cinegrafista da Rede Bandeirantes no final de semana. O ministro lembrou que as acusações atingem também o PDT: "Estive agora com a bancada do partido, e todos consideram que o atingido é o partido, e não a minha figura pessoal". Lupi ressaltou que tem o apoio da presidente Dilma Rousseff para continuar à frente do Ministério do Trabalho e que também o PDT está a seu lado. O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) disse que Lupi não tem substituto e que, por isso, não há motivo para o partido pressioná-lo a deixar o cargo: "Se Lupi sair, sai todo o partido do governo. Isso não é uma ameaça". Ora, se isso não é uma ameaça, então o que é uma ameaça? O ministro Carlos Lupi já era. Está igual ao comunista Orlando Silva, que dizia que nunca tinha estado tão forte. Caiu no dia seguinte.

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