terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caixa Econômica Federal afirma que descoberta do rombo no Banco Panamericano foi uma surpresa

A Caixa Econômica Federal, por meio do seu vice-presidente de Finanças, Marcio Percival, disse à Polícia Federal que a descoberta do rombo de R$ 4,3 bilhões no Banco Panamericano, que pertencia a Silvio Santos, pelo Banco Central, dez meses após ter comprada essa instituição, foi uma “grande surpresa”. Ele garantiu que não houve pressão política do governo federal para a compra do Banco Panamericano. As informações estão em depoimento concedido pelo executivo na sede da Polícia Federal, em São Paulo, no dia 16 de setembro. Além de ocupar a vice-presidência de Finanças da Caixa Econômica Federal, Marcio Percival é presidente da CaixaPar, braço do banco público que comandou o processo que resultou na compra de 49% do capital social do Banco Panamericano por R$ 739,3 milhões. No depoimento aos policiais, Marcio Percival também negou ser amigo de Rafael Palladino, que dirigia o Banco Panamericano antes de as fraudes serem descobertas pelo Banco Central. No mercado financeiro, a impressão era diferente. Chamava a atenção de muitos especialistas a proximidade do relacionamento entre os dois. Segundo Marcio Percival, a Caixa Econômica Federal e as empresas contratadas para avaliar o Banco Panamericano não detectaram que o banco tinha o rombo contábil superior a R$ 4 bilhões. O executivo disse ainda que a Caixa Econômica Federal contratou o Banco Fator para fazer essa análise. Segundo Marcio Percival, o Banco Fator recontratou outras duas empresas (não especificadas) para ajudar na tarefa. A aquisição da Caixa Econômica Federal foi anunciada ao mercado no dia 1º de dezembro de 2009. Como pode permanecer no cargo um executivo que aplicou um mico desse tamanho na instituição que dirige?

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