quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Bebê que morreu no SUS após receber leite na veia é enterrado em São Paulo

Um bebê Silva da Silva, morto no SUS
O corpo do bebê de 12 dias que morreu na segunda-feira, após receber 10 ml de leite materno na veia, foi enterrado nesta quarta-feira no Cemitério Dom Bosco, em Perus (zona norte de São Paulo). Cerca de 30 pessoas acompanharam a cerimônia. O recém-nascido (veja a foto do enterro do nenê, mais um Silva da Silva que não tem direito a butique da saúde, o Sírio-Libanês) estava internado no hospital municipal Professor Mario Degni, na zona oeste de São Paulo. Hospital do SUS, naturalmente, não é a butique da saúde do Hospital Sírio-Libanês. Mas, conforme Lula, o SUS havia no ano passado atingido o "estado da perfeição". Aí está a perfeição. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, Kauê Abreu dos Santos nasceu prematuro e estava internado na UTI. De acordo com depoimento do pai da criança, sua mulher deixava leite materno em um frasco todos os dias no hospital, para que bebê fosse alimentado por sonda nasal. Além do leite, o menino recebia medicamento pela veia. Ainda segundo o relato do pai à polícia, por volta da 0h da segunda-feira o bebê recebeu 10 ml de leite pela veia, em vez do medicamento. No momento, a equipe do hospital contava com dois médicos, uma enfermeira e cinco auxiliares, segundo a secretaria. De acordo com a secretaria, depois de 30 minutos a equipe médica percebeu que o recém-nascido teve queda no nível de oxigênio. Seu estado de saúde piorou, e ele morreu às 7h25. O caso foi registrado no 51º DP (Rio Pequeno) como homicídio culposo e é investigado pela polícia. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que "considera inaceitável este tipo de ocorrência" e disse que instaurou inquérito administrativo para apurar o caso. Segundo a secretaria, a auxiliar de enfermagem envolvida foi demitida. E a presidente Dilma, outra que procurou a butique da saúde para tratar do seu câncer, ainda vai à televisão para dizer que tudo vai melhorar. Ela está há nove anos no governo e vem dizer isto agora. A secretaria afirmou ainda que lamenta a morte do bebê e disse que a direção do hospital está à disposição da família para esclarecimentos.

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