domingo, 13 de novembro de 2011

Após ocupação da Rocinha, 13 armas são apreendidas

Após as forças de segurança ocuparem a favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, 13 armas (12 fuzis e uma metralhadora) foram apreendidas neste domingo. Um homem foi preso. A ocupação da Rocinha e do Vidigal ocorreu durante a madrugada e não houve confronto com os traficantes, que mais uma vez, avisados pelo governo, fugiram antes. A Polícia Militar deve permanecer na Rocinha até a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), a 19ª do Rio de Janeiro. A favela é uma das maiores do Rio de Janeiro, e sua pacificação é considerada chave para a política de segurança da gestão do governador populista Sérgio Cabral (PMDB). As armas apreendidas na favela foram encontradas Bope (Policiais do Batalhão de Operações Especiais) e estavam enterradas na mata, no alto da comunidade. Uma granada também foi apreendida. Um suposto traficante, identificado por Igor, foi preso durante a operação de ocupação da Rocinha na madrugada deste domingo. Igor, de 29 anos, era foragido da polícia e foi preso nas proximidades da escola de samba da Rocinha. Ele estava visivelmente drogado. Foi preso saindo da Rocinha por um dos principais acessos em uma moto, conduzida por um homem. O bandido foi atendido na ambulância do Corpo de Bombeiros e encaminhado para a 14ª DP (Leblon), onde foi constatado que ele estava foragido desde 2004 do sistema penitenciário. Os acessos à Rocinha foram bloqueados por volta das 2h30, e a polícia começou a ocupar a favela por volta das 4 horas. Foram ocupadas as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Às 6 horas a área estava sob controle da polícia, sem disparo de um único tiro. O governo disponibilizou 160 policiais federais, 194 fuzileiros navais, 46 policiais rodoviários federais, além de 18 blindados da Marinha. Na quarta-feira passada, foi preso Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, de 35 anos, chefe do tráfico na Rocinha. O governo quer saber quem seriam os policiais que, segundo Nem disse em depoimento informal à Polícia Federal, recebiam propina de cerca de R$ 500 mil por mês. O traficante disse que faturava, em média, R$ 1 milhão por mês com o tráfico e que metade era distribuída para policiais.

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