quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Soldado Gilad Shalit voltará a Israel na terça ou quarta-feira

O soldado israelense Gilad Shalit, mantido refém desde junho de 2006 pela organização terrorista islâmica Hamas em Gaza, voltará a Israel na próxima terça ou quarta-feira, segundo fontes oficiais citadas pelo diário "Haaretz" nesta quinta-feira. Shalit será libertado pelo Hamas em troca da libertação de mais de mil prisioneiros palestinos por Israel, segundo acordo anunciado pelas autoridades israelenses na terça-feira. Segundo as fontes citadas na edição digital do jornal israelense, Shalit deverá ser transferido pelo Hamas à península do Sinai, por meio da passagem fronteiriça de Rafah, no sul da faixa de Gaza. Em seguida, será entregue a Israel. Os pais de Shalit, Noam e Aviva, retornaram na tarde de quarta-feira à sua casa em Mitzpe Hila, no norte de Israel, após despedir-se de dezenas de voluntários na tenda montada em frente à residência do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu. "Estou contente por retornar à minha casa e estou esperando Gilad. Foi um longo caminho, e agora é hora de Gilad voltar para casa", disse Noam Shalit. Uma delegação da organização terrorista islâmica Hamas, liderada por Khaled Meshaal, chefe do escritório político da organização, chegou ao Cairo na quarta-feira para finalizar os detalhes da troca de prisioneiros. Pelo pacto, anunciado na terça-feira, Israel se compromete a libertar 1.027 presos palestinos em troca do soldado israelense, capturado por três milícias palestinas dentro do território israelense e mantido refém há mais de cinco anos. O Serviço Israelense de Prisões anunciou na quarta-feira que na manhã de domingo (equivalente a segunda-feira no Brasil) publicará a lista dos 450 palestinos que libertará em uma primeira fase da troca. Será aberto então um período de 48 horas, estabelecido por lei, durante o qual cidadãos israelenses poderão apresentar à Suprema Corte alegações contra a concessão dos indultos, que deverão ser assinados pelo presidente israelense, Shimon Peres. Outros 550 presos palestinos serão libertados em uma segunda fase da troca, que deverá acontecer no prazo de dois meses. Vinte e sete mulheres palestinas serão postas em liberdade como parte do acordo. Meshaal declarou que foi dada prioridade aos prisioneiros detidos em prisões israelenses há dez anos ou mais.

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