terça-feira, 4 de outubro de 2011

Procuradoria reafirma indício de crime em negócios de Palocci

A Procuradoria da República no Distrito Federal reafirma nesta terça-feira ter encontrado "fatos novos" ao examinar os negócios particulares do ex-ministro Antonio Palocci. "Em 8 de agosto, foram encaminhadas ao procurador-geral da República informações apuradas no inquérito civil público que investiga eventual enriquecimento ilícito do ex-ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, referentes a contratos firmados pela empresa Projeto. A comunicação reúne informações que não foram citadas, implícita ou explicitamente, na decisão de arquivamento da representação criminal divulgada pela imprensa e analisada no bojo do inquérito civil", diz a nota. A Procuradoria informa ainda que, em razão do afastamento da procuradora titular, o caso será analisado pelo substituto, Gustavo Pessanha Velloso, titular do 3º Ofício Criminal: "Caberá a ele a decisão sobre eventual abertura de inquérito criminal, após análise da documentação recebida". Palocci deixou a Casa Civil em junho deste ano, após o jornal Folha de S. Paulo revelar que ele multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, quando foi deputado federal e manteve, paralelamente, uma consultoria privada. A Projeto, empresa aberta por Palocci em 2006 (quando afirmou ter patrimônio de R$ 356 mil) também comprou, em 2009 e 2010, imóveis em região nobre de São Paulo no valor total de R$ 7,5 milhões. Palocci afirmou que não revelou sua lista de clientes a Dilma, atribuiu as acusações a ele a uma "luta política" e disse que ninguém provou qualquer irregularidade na sua atuação com a consultoria Projeto. Foi a segunda vez que Palocci deixou o governo após um escândalo. Em 2006 deixou o Ministério da Fazenda após suspeitas de ter quebrado o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

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