quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Presos trocados por israelense chegam ao Egito

Os 25 presos egípcios que os governos de Cairo e Tel Aviv negociaram trocar pelo americano-israelense Ilan Grapel chegaram nesta quinta-feira ao Egito, sob fortes medidas de segurança. Os primeiros a atravessar a fronteira com Israel foram três adolescentes. Fontes de segurança egípcias disseram que os presos foram levados a uma sala para serem reconhecidos pelos chefes de suas respectivas tribos, para que em seguida o Egito efetuasse a deportação de Grapel. Um dos adolescentes, de nome Salah, afirmou a TV que passou três meses e 15 dias preso após entrar de forma clandestina em Israel. A troca de presos entre Israel e Egito ocorreu no sul da Península do Sinai depois que em 18 de outubro o soldado israelense, Gilad Shalit, fora trocado por mais de 1 mil presos palestinos com a mediação do Egito. Embora em princípio as autoridades egípcias pensassem em trocar Grapel por um número maior de presos, a negociação fechou com 25 pessoas que cumpriam diversas penas por delitos como o tráfico de drogas e mercadorias e a entrada ilegal em Israel. Grapel, de 27 anos e de nacionalidade americana-israelense, é acusado pela Procuradoria-Geral egípcia de "espionar contra o Egito com a intenção de prejudicar seus interesses econômicos e políticos". Segundo os serviços secretos egípcios, o jovem foi enviado ao Egito para recrutar pessoas, executar atividades de espionagem e coletar informações sobre a Revolução de 25 de Janeiro, que pôs fim ao regime do ditador Hosni Mubarak. As informações dos serviços secretos apontam que o acusado fez parte do Exército israelense e participou da guerra do verão de 2006 entre Israel e a organização terrorista islâmica Hizbollah.

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