sábado, 22 de outubro de 2011

Presidente da Abav vê obras em aeroportos como "remendos"

O presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav), Carlos Alberto Ferreira, classificou as obras nos aeroportos brasileiros como "um remendo". Segundo ele, os aeroportos precisam receber atenção não por causa da Copa do Mundo de 2014, mas devido à demanda crescente do turismo nacional. Para Ferreira, o aquecimento atual do setor de turismo no Brasil demonstra que hoje já há uma estrutura precária nos aeroportos nacionais. "Há um gargalo forte por causa disso. O turismo cresceu e os gargalos apareceram", disse Ferreira. "Não se começou a fazer o que era para ter sido feito cinco anos atrás e agora, por questões de prazos, gasta-se mais dinheiro para uma coisa que é provisória, não é a solução definitiva", acrescentou. Para o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio de Abreu, a solução improvisada não é tão ruim: "Acho que os puxadinhos e as construções adicionais não são uma má ideia. Não é o ideal, mas o factível". Segundo Abreu, na África do Sul, os vôos da Copa do Mundo de 2010 que atendiam aos torcedores eram majoritariamente de madrugada. "Aqui nós vamos fazer a mesma coisa, vamos viajar de madrugada. Não tem outra maneira". Abreu acha que o processo de privatização dos aeroportos é o caminho certo. Ele acredita que a privatização dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos "vai solucionar em parte" o aumento da demanda por vôos, pois os investimentos privados devem permitir o aumento da capacidade de passageiros dos aeroportos para a Copa de 2014.

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