quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Posição sobre a Líbia opôs Brasil a potências ocidentais

A postura da diplomacia brasileira diante dos conflitos que levaram à queda do governo de Muamar Gaddafi na Líbia opôs o Brasil às principais potências ocidentais. Desde o início dos confrontos no país africano, parte da onda de revoltas no mundo árabe, o governo brasileiro defendeu a tese de não ingerência nos assuntos internos dos países e a solução diplomática dos conflitos, ao mesmo tempo em que disse apoiar os anseios por democracia e liberdade na região. O Brasil, que atualmente ocupa uma das cadeiras rotativas do Conselho de Segurança da ONU, foi um dos cinco países (ao lado de Alemanha, China, Índia e Rússia) que se abstiveram na votação da resolução que aprovou uma intervenção da Otan (aliança militar ocidental) na Líbia, em março. A resolução autorizava "todas as medidas necessárias" para "proteger civis e áreas povoadas por civis sob ameaça de ataque" pelas forças leais a Gaddafi. No entanto, segundo o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, a resolução dava margem para que a intervenção fosse "usada de forma desvirtuada, como pretexto para a tomada de posição numa guerra civil".

Nenhum comentário: