sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Piloto de Gaddafi lamenta morte do ex-ditador líbio

O piloto do avião privado de Muammar Gaddafi, o indonésio Ganahadi Ratnuatmadja, lamentou na sexta-feira a morte do ex-ditador líbio, a quem considerou "um bom chefe". O aviador comentou que sua relação com Gaddafi foi tão especial que o ex-ditador o premiou com a condecoração de Al Nawaad Al Wajib, além de enviar seu filho, Mohammed, para representá-lo no casamento da filha de Ratnuatmadja. "Quando minha filha se casou, alguns anos atrás, o senhor Gaddafi enviou seu filho à Indonésia para participar da cerimônia", disse o piloto. Ele trabalhou para o ex-ditador entre 2002 e 2008, ano em que decidiu retornar à Indonésia para estar mais perto da família. "Mas ele continuou me enviando salário durante o período em que me ausentei, fazia isso porque queria que eu voltasse", explicou o indonésio. No início deste ano, Ratnuatmadja voltou a Trípoli para trabalhar, mas ficou por pouco tempo, deixando o país assim que surgiram os primeiros conflitos. O piloto soube da morte de Gaddafi porque o CNT (Conselho Nacional Transitório) líbio o avisou por telefone. "Um oficial do CNT me deu a notícia e me fez uma proposta de voltar à Líbia para continuar meu trabalho como piloto do novo líder do país", afirmou o aviador, que começou pilotando aviões da companhia aérea indonésia Garuda. Antes de trabalhar para Gaddafi, Ratnuatmadja foi piloto oficial da família real saudita e do presidente dos Emirados Árabes Unidos, o xeque Zayed Bin Sultan Al Nahayan.

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