quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dilma irrita Itamaraty com abstenção na ONU

A decisão do Brasil de, mais uma vez, abster-se em uma votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas partiu diretamente da presidente Dilma Rousseff e, desta vez, incomodou profundamente o Itamaraty. A resolução votada na noite desta terça-feira teve o Brasil como um de seus principais negociadores e, em sua versão final, foi ainda mais branda do que o texto com o qual os diplomatas brasileiros já haviam concordado. Ainda assim, Dilma, consultada em Bruxelas, onde participava da Cúpula Brasil-União Europeia, instruiu a missão em Nova York a se abster. A decisão foi tomada pela presidente para manter uma paridade com as posições de outros países dos BRICs, já que a Índia e África do Sul haviam informado sua decisão de se abster, e Rússia e China, sempre mais resistentes em condenar o governo sírio, avisaram que iriam usar seu poder de veto. Na votação final, além de Índia, Brasil e África do Sul, apenas o Líbano também se absteve. O país do Oriente Médio, que ocupava a presidência do Conselho até a semana passada, sempre resistiu a condenar o regime de Bashar Al-Assad e havia impedido, na sua presidência, o avanço de um texto com sanções. Nada a estranhar: enganou-se somente quem queria ser enganado sob a pretensa defesa de Dilma dos direitos humanos, em face de sua condição de ex-prisioneira política que sofreu torturas na prisão durante a ditadura militar. Ela continua apoiando regimes facínoras, como o do genocida Assad na Síria. Dilma só engana quem quer ser enganado.

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