Chefe da Zona Franca de Manaus pede demissão após acusação

A chefe da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Flávia Skrobot Grosso, pediu exoneração do cargo na sexta-feira. O pedido foi encaminhado por meio de uma carta ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que controla a Suframa. Na carta, Flávia também se defendeu de acusações feitas pelo Ministério Público Federal contra ela em quatro ações de improbidade administrativa que tramitam na Justiça Federal do Amazonas. No processo mais recente a ex-chefe da Suframa é acusada de favorecer um irmão que trabalhava em uma fundação beneficiada com dinheiro público. Flávia permaneceu no cargo por nove anos, apoiada pelo PT e pelo PMDB. Em seu lugar, assumirá a Suframa interinamente o economista Oldemar Ianck, superintendente-adjunto de Projetos da autarquia. O PMDB local, do senador e ex-governador Eduardo Braga, já anunciou que defende a nomeação do atual secretário estadual da Fazenda do Amazonas, Isper Abrahim, para o cargo. O ministério já estudava demitir Flávia Grosso desde a semana passada. A decisão seria tomada pelo ministro Fernando Pimentel assim que ele voltasse da Bulgária, onde esteve ao lado da presidente Dilma Rousseff. O desgaste político de Flávia havia aumentado na semana passada, quando a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em sua casa, onde apreendeu documentos, jóias e dinheiro em espécie. A polícia também fez buscas na casa de Paulo Victor Skrobot, irmão de Flávia, e na de outras quatro pessoas.