segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Brasileiro produz abaixo da média mundial

A produtividade do trabalhador brasileiro está abaixo da média mundial e tem evoluído em ritmo bem menor do a que a dos trabalhadores de outros países emergentes. Um brasileiro produziu no ano passado, em média, um quinto da riqueza gerada por um americano, um terço da de um sul-coreano e cerca da metade da de um argentino, calcula a consultoria americana Conference Board. De 2005 a 2010, a produtividade do brasileiro cresceu em média 2,1% ao ano, taxa inferior às de China (9,8%), Índia (5,8%) e Rússia (3,2%). Segundo economistas, isso ajuda a explicar a perda de competitividade do produto brasileiro e o aumento da inflação no País. Na medida em que a remuneração cresce mais rápido que a produtividade, produtos e serviços tendem a ficar mais caros. Dados do departamento de estatísticas do trabalho dos Estados Unidos mostram que os salários na indústria cresceram, de 2002 a 2008, 174% no Brasil e 133% na China. Mas lá isso foi compensado pelo aumento da produtividade, diz o economista Jorge Abache, da UNB (Universidade Nacional de Brasília): "O aumento do salário não é uma coisa ruim, mas, se a produtividade não acompanha, vira um problema". O ranking elaborado neste ano pelo Conference Board com 114 países mostra que o brasileiro está na 68ª posição em produtividade. Segundo o levantamento, o brasileiro produziu, em 2010, 20,6% da riqueza gerada por um americano, enquanto a média mundial foi de 26,1%. A consultoria mede a produtividade do trabalhador dividindo o PIB (Produto Interno Bruto) de cada país por sua força de trabalho. Para o professor Naércio Menezes, do Insper, a precariedade do ensino é o principal fator que explica a baixa produtividade do brasileiro. Além disso, ele aponta a falta de inovação das empresas, que investem pouco na criação de novas tecnologias.

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