quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bolívia quer manter contrato com OAS para estrada

O governo da Bolívia afirmou na terça-feira que deseja manter o contrato com a brasileira OAS para a construção de uma estrada na Amazônia do país e disse que o documento deve ser adaptado para contemplar as alterações de trajeto da rodovia, que não passará mais pelo parque nacional Tipnis. A obra conta com financiamento do BNDES de US$ 332 milhões, ou 80% do valor total de US$ 415 milhões. O desvio da estrada para evitar o parque nacional Tipnis deve acarretar maior custo e desafios de engenharia, em uma área de selva com constantes alagamentos. "O contrato com OAS está vigente. Obviamente, é possível que tenhamos que adaptá-lo às alternativas técnicas. Mas o contrato, o crédito, a relação com o Brasil nesse contexto segue vigente, válida, firme e o governo boliviano vai assumir os compromissos assumidos", disse o ministro da Presidência, Carlos Romero. Ele enfatizou que o contrato fechado com a OAS é do tipo "chave na mão" e, portanto, flexível a mudanças de percurso na estrada. O BNDES diz que espera uma decisão boliviana a respeito do projeto para se pronunciar. O contrato de financiamento foi fechado em 2009 e referendado pelo Parlamento boliviano neste ano, mas não houve nenhum desembolso do banco para a obra até agora. A OAS tem sinalizado que quer seguir no projeto, até porque já tem obras em andamento nos trechos um e três da rodovia. Trabalham na estrada neste momento cerca de mil pessoas.

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