sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Blatter promete abrir dossiê com suspeitas contra Teixeira

Em meio às medidas de seu plano para limpar a imagem da Fifa, envolvida em escândalos ao longo do último ano, o presidente da entidade, Joseph Blatter, anunciou na última quinta-feira que vai abrir o caso ISL (International Sport and Leisure), empresa de marketing que foi ligada à federação internacional por 20 anos e faliu em 2001. "Vamos abrir o famoso dossiê da ISL, deixar esse assunto para trás e seguir em frente", declarou o dirigente na Suíça. Segundo ele, o assunto será entregue a um organismo independente que vai cuidar do caso, a partir de meados de dezembro. Blatter disse que apresentou a idéia ao Comitê Executivo da Fifa e que ninguém se manifestou de maneira contrária, apesar da presença do presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014), Ricardo Teixeira. Teixeira é um dos três cartolas acusados de corrupção no processo da ISL, que foi tornado sigiloso a pedido da Fifa e dos dirigentes em questão. No final de novembro do ano passado, a rede britânica BBC acusou Ricardo Teixeira, o ex-presidente da Fifa João Havelange e outros dois cartolas internacionais de futebol de terem recebido propinas da antiga empresa de marketing. O nome de Teixeira não aparece nos papéis, mas, de acordo com a BBC, os pagamentos ao presidente da CBF teriam sido feitos por meio de uma empresa com sede em Liechtenstein chamada Sanud. Totalizariam US$ 9,5 milhões (R$ 16 milhões). O valor que aparece junto às iniciais JH (João Havelange, segundo a BBC) seria de 1,5 milhão de francos suíços (cerca de R$ 2,6 milhões).

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