terça-feira, 4 de outubro de 2011

Banco franco-belga Dexia está à beira de resgate financeiro

A França e a Bélgica já estão praticamente decididas a socorrer o banco franco-belga Dexia, cujas ações caíram mais de 20% nesta terça-feira e que está ameaçado de colapso em consequência da crise grega. Os governos francês e belga se comprometeram a fazer todo o possível para evitar a quebra do Dexia. "Os dois países estão por trás de seus bancos, seja o Dexia ou qualquer outro", afirmou o ministro das Finanças belga, Didier Reynders. Se o resgate for confirmado, seria a segunda intervenção na instituição. Em setembro de 2008 o banco foi socorrido por causa da crise das hipotecas nos Estados Unidos. Na ocasião, os governos da França, Bélgica e de Luxemburgo injetaram 6,376 bilhões de euros na instituição. O Dexia chegou a ser aprovado em um teste de resistência realizado em julho com 91 bancos europeus, para verificar a capacidade das instituições em resistir a choques econômicos. Apenas um mês depois, no entanto, o banco anunciou perdas de quatro bilhões de euros durante o segundo trimestre desde ano. Um dos motivos dos testes não terem previsto o problema com o Dexia é que eles não levaram em conta uma situação na qual um país declare moratória parcial ou total, o que afetaria às instituições com maior exposição aos mercados de dívida soberana. Isso ocorreu quando, no dia 21 de julho, a União Européia aprovou o segundo resgate grego, o que incluía uma reestruturação da dívida do país, nas mãos de alguns bancos como o Dexia. Segundo as provas de resistência, a exposição bruta da instituição à divida grega é de 3,462 bilhões de euros.

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