terça-feira, 25 de outubro de 2011

Arábia Saudita enterra príncipe e aguarda nomeação de herdeiro

O funeral do príncipe saudita Sultan nesta terça-feira abre espaço para que o rei Abdullah nomeie um novo herdeiro, provavelmente o ministro do Interior, príncipe Nayef, em uma decisão que enfatizaria a estabilidade no país, o maior exportador mundial de petróleo. A transição ocorre no momento em que o reino, importante aliado dos Estados Unidos, tenta conciliar suas tradições conservadoras com a necessidade de modernizar a economia e com os anseios de uma população jovem e cada vez mais voltada para o mundo exterior. "No sistema político esse é um fato importante, mas o sistema foi feito para assegurar continuidade", disse Jarmo Kotilaine, economista-chefe do Banco Comercial Nacional, em Jidá. Nos seis anos desde que ascendeu ao trono, Abdullah fez reformas destinadas a criar empregos por meio da liberalização dos mercados, e reduziu o controle dos radicais religiosos sobre as políticas educacionais e sociais. A morte do príncipe Sultan, que também era ministro da Defesa, pode levar a uma reforma ministerial mais ampla. A Arábia Saudita, que domina os mercados mundiais de petróleo e detém uma profunda influência sobre os muçulmanos por ser a guardiã de Meca e Medina, os dois lugares mais sagrados do Islã, precisa lidar atualmente com turbulências em países vizinhos e com a rivalidade em relação ao Irã. "Com a prolongada doença de Sultan, Nayef teve tempo para atuar como príncipe herdeiro, e tem agido em nome do rei. Ele se tornou conhecido das autoridades em geral", disse um ex-diplomata.

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