quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sérgio Cabral atribui problemas em favelas a histórico de violência

O governador do Rio de Janeiro, o populista Sérgio Cabral Filho (PMDB), afirmou na manhã de terça-feira que os problemas enfrentados recentemente na Cidade de Deus e no Complexo do Alemão são resultado de "resquícios de um viés violento" de uma minoria de moradores das favelas e da própria polícia. Cidade de Deus conta com uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), e o Alemão está ocupado pelo Exército. "Evidentemente, a pacificação é um processo de educação recíproca entre a força de pacificação e a comunidade. É um aprendizado diário. Há tanto na comunidade quanto na força de segurança, resquício de um viés violento, no caso da força de pacificação, e da cultura do poder paralelo, no caso das comunidades. Mas isso é minoria", disse Sérgio Cabral. "Há pelo menos 30 ou 40 anos, a polícia só entrava para atirar e depois deixava a população refém dos bandidos. É um processo que não tem fim, mas vai melhorar a cada dia", completou o governador. Isso é uma afirmação que ignora a realidade. A verdade é que essa política de "pacificação" tem sido construído por meio de um "acordo" entre o governo e a bandidagem. O governo entra nos morros mas não prende ninguém. Os bandidos recolhem as armas e continuam com seu negócio lucrativo do tráfico. Grande prova disso é que o custo da droga não aumentou no Rio de Janeiro, os drogados das classes média e alta continuam tendo acesso à cocaina pelo mesmo preço.

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