domingo, 4 de setembro de 2011

Reitor da Universidade Mackenzie admite demissão de professor que ameaçou aluna de prisão

O reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Benedito Guimarães Aguiar Neto, disse na sexta-feira que a corregedoria da instituição apura o caso envolvendo o professor Paulo Marco Ferria Lima, do Direito, que ameaçou dar voz de prisão a uma aluna. Um dos resultados possíveis é o afastamento do professor. "Ele é recém-contratado e está em regime probatório", disse Aguiar Neto. "Os depoimentos dele e da aluna já foram tomados. Houve desentendimento em relação à metodologia e ele diz ter havido desrespeito, mas a aluna nega", disse o reitor. O próprio professor, também procurador de Justiça, confirmou ter ameaçado dar voz de prisão. O reitor diz que, se as acusações contra Paulo Marco forem verdadeiras, o comportamento foi "inadmissível" e "não pode ser tolerado". Para Aguiar Neto, dentro do Mackenzie "professor está como professor" e não pode usar prerrogativas de outros cargos. Na quarta-feira, a Corregedoria do Ministério Público Estadual instaurou procedimento para apurar o caso do procurador de Justiça. Em relação às publicações do também professor de Direito e promotor de Justiça Marco Antônio, irmão de Paulo Marco, no Facebook, o reitor disse que "ainda não são objeto de investigação", mas podem vir a sê-lo. Marco Antônio postou na tarde de terça-feira, dia 30, em letras maiúsculas, que a aluna T. teceu "considerações raciais" sobre Paulo Marco, "chamando-o na frente de sua filha de "negro sujo" e afirmando que "preto não pode dar aula no Mackenzie" e que "preto não pode ter poder". T., de 31 anos, bolsista integral do ProUni, disse que "é uma grande calúnia o que aconteceu". Ela nega ter ofendido o professor. Em entrevista concedida na terça-feira, Paulo Marco não mencionou ter sido alvo de racismo.

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