segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Promotoria pede afastamento prévio de defensor público-geral do Amazonas

O Ministério Público do Amazonas pediu, nesta segunda-feira, ao Tribunal de Justiça do Estado, o afastamento prévio do defensor público-geral do Estado, Tibiriçá Valério de Holanda. Ele, o filho e mais quatro pessoas foram denunciados sob acusação de participações em crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e violação de sigilo funcional. Tudo relacionado a suspeitas de fraudes no concurso público da defensoria. O concurso público para defensores foi anulado, em agosto, pelo governo estadual após a Promotoria apontar que filhos de defensores, de um secretário municipal, entre outros, passaram com notas idênticas (80 pontos). A investigação apontou que a fraude contou com a participação da empresa Instituto Cidades, que realizou o concurso. Segundo o procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz, o afastamento prévio de Valério de Holanda foi necessário para que o processo judicial tenha "isenção e serenidade". "Nada mais razoável que as pessoas envolvidas serem afastadas para que as provas sejam produzidas com tranquilidade", afirmou. O pedido do Ministério Público e a denúncia contra os acusados estão sendo analisados pelo Tribunal de Justiça. Mais de 5.000 candidatos concorrem às 60 vagas de defensor público. O salário inicial era de R$ 15 mil. O Instituto Cidades ganhou R$ 1 milhão só com as inscrições. De acordo com a denúncia do Ministério Público, além do defensor geral, foram acusados o seu filho, Tibiriçá Valério de Holanda Filho, e Newton Melo, um irmão do subdefensor público-geral, Wilson Melo. Também estão entre os acusados Américo Gorayeb Neto, filho do secretário municipal de Obras, Américo Gorayeb. E Luiz Domingos Lins e Leonardo Chaves, responsável pelo Instituto Cidades, que tem sua sede em Fortaleza (CE).

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