domingo, 18 de setembro de 2011

Pedido de reconhecimento na ONU divide palestinos

A decisão do presidente palestino, Mahmoud Abbas, de pedir, nos próximos dias, o reconhecimento da ONU ao Estado Palestino no território definido pelas fronteiras anteriores à guerra de 1967, é criticada por setores importantes da sociedade palestina, tanto nos territórios ocupados como na diáspora. Entre os oponentes principais ao plano de Abbas se encontram as correntes políticas religiosas, especialmente a organização terrorista islâmica Hamas, que controla a faixa de Gaza desde 2007, e também correntes políticas seculares nacionalistas. O Hamas, que assinou há 5 meses um acordo de reconciliação com o Fatah, grupo liderado por Abbas, critica a decisão do presidente palestino, mas, pelo menos em pronunciamentos públicos, evita atacar frontalmente o partido governista. Ismail Raduan, um dos lideres do Hamas, afirmou que "o mais importante é defender a união nacional" mas destacou que o Fatah e o Hamas discordam sobre a estratégia que o povo palestino deve adotar. O porta-voz do Hamas na faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, declarou que o pedido de reconhecimento é uma medida "exclusivamente simbólica, da qual o povo palestino não obterá resultado algum, exceto uma bandeira hasteada no prédio da ONU".

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