domingo, 4 de setembro de 2011

Nos Estados Unidos, governo processa 17 bancos por crise financeira de 2008

Dezessete bancos e instituições financeiras americanas estão envolvidos em um processo apresentado na sexta-feira pela Agência Federal de Financiamento Imobiliário, que acusa estas instituições de fraudes e manipulações que culminaram na crise de crédito do setor hipotecário americano (conhecida como a crise dos "subprimes"), iniciada em 2008. Os processos devem custar mais de US$ 30 bilhões em indenizações que serão cobradas de grandes bancos, entre eles o JPMorgan Chase e o Deutsche Bank. Os bancos que enfrentarão processo são: Ally Financial; Bank of America; Barclays Bank; Citigroup; Countrywide Financial; Credit Suisse Holdings; Deutsche Bank; First Horizon National; General Electric; Goldman Sachs; HSBC North America; JPMorgan Chase; Merrill Lynch/First Franklin Financial; Morgan Stanley; Nomura Holding America; Royal Bank of Scotland e Société Générale. As ações questionam o papel desempenhado pelos bancos na renegociação de créditos hipotecários de alto risco, baseados em investimentos de devedores artificialmente incrementados e inclusive falsificados, sob a forma de título da dívida vendidos nos mercados. Esses créditos, chamados "subprime", geraram a crise financeira que teve início em 2007 e alcançou seu auge em 2008-2009, quando o sistema como um todo entrou em colapso após o "default" (calote) de milhares de devedores e a queda dos títulos, o que resultou na quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, no dia 15 de setembro de 2008. A crise dos "subprimes" gerou perdas de US$ 30 bilhões ao Fannie Mae e ao Freddie Mac, dois organismos semi-estatais de refinanciamento hipotecário, que foram salvos da falência pelas autoridades federais americanas em setembro de 2008 através do dinheiro dos contribuintes.

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