quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Médicos são sequestrados para atender traficante no Rio de Janeiro

Uma equipe de saúde da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Maré (zona norte do Rio de Janeiro) foi obrigada por homens armados a entrar no conjunto de favelas para socorrer um dos chefes do tráfico de drogas na região, que havia sido baleado. O caso, ocorrido no último dia 1º, foi revelado por funcionários da unidade, reaberta pelo governo após uma semana fechada devido a ameaças do tráfico. "O traficante ferido veio acompanhado de mais de 20 bandidos armados com fuzis e pistolas para pedir atendimento", afirmou um funcionário. Segundo ele, armas eram exibidas para intimidar médicos, enfermeiros e auxiliares. Por volta das 10 horas, a equipe levou o criminoso de ambulância para um hospital particular, mas o atendimento foi negado. O grupo, então, retornou à Maré para deixar o homem em uma casa no local, onde permaneceram até o final da tarde. O funcionário contou que o criminoso recebeu atendimento básico dentro da ambulância, mas não soube dizer se a equipe realizou procedimentos mais complexos no interior da favela. De acordo com pessoas que trabalham na UPA, localizada em um dos principais acessos ao complexo de favelas, é comum que traficantes furem a fila e obriguem médicos a atendê-los na frente de outros pacientes. "Isso virou prática habitual. Pelo menos duas vezes por mês chegava alguém de moto para avisar que precisava de atendimento na favela", disse. Funcionários também contam que o sequestro do dia 1º foi o quarto envolvendo equipes da unidade. Comento: esse é o sucesso dos programas de intervenção do governador populista Sérgio Cabral. E o Rio vai sediar Copa do Mundo e Olimpíada.

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