sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mantega diz que medida cambial é feita para "colocar e tirar"

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que não há ainda decisão de retirar a recente cobrança de 1%, via IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), em derivativos de câmbio, mas sinalizou que esse movimento pode ocorrer. Ao ser questionado se o governo considera voltar atrás sobre esses derivativos, Mantega respondeu: "Não se trata de voltar atrás e ir à frente, porque nós estabelecemos medidas regulatórias que são feitas justamente para isso. Temos muitos tributos dessa natureza. O IOF é um deles, muitas vezes nós colocamos e quando não é mais necessário nós ti­ramos. Podemos tirar, e podemos colocar. Estamos sempre olhando todas as possibilidades, mas não há decisão tomada". No final de julho passado, o governo anunciou que estava taxando as posições vendidas líquidas dos investidores no mercado futuro, em uma ação para evitar mais valorização do real frente ao dólar naquele momento. A moeda americana caminhava para o patamar de R$ 1,50. Uma fonte da equipe econômica havia dito que a recente alta do dólar, que chegou a acumular 20% neste mês e ultrapassar o patamar de R$ 1,90, acendeu um "alerta importante" sobre a inflação. E, diante dessa forte volatilidade, que havia "muita munição guardada para ser usada ou para ser retirada", referindo-se às medidas cambiais adotadas nos últimos meses.

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