segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Líder do PMDB gaúcho avisa: "Abono não é salário. Brigadianos continuam os mais mal pagos do Brasil"

A proposta de um abono de R$ 300,00 para ser pago em duas parcelas e sem previsão de incorporação aos salários dos servidores da Brigada Militar surpreeendeu até o líder da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Para o deputado estadual Giovani Feltes, a saída que o governador Tarso Gero (PT) encontrou diante da reivindicação de 25% de reajuste "mantém os brigadianos com o pior salário da categoria em todo o País e afasta mais ainda o compromisso de campanha de adotar a PEC 300 como piso". A proposta prevê uma primeira parcela de R$ 140,00 nos salários do mês de outubro e outra, de R$ 160,00, somente a partir de abril de 2012. A falta de um índice para reajuste imediato do básico dos policiais militares também surpreendeu ao deputado. "Cansei de ver o PT dizendo que abono não é salário", recordou Giovani Feltes. Ele salienta que uma parcela autônoma não refletirá sobre outras vantatens, como o percentual de risco de vida e no pagamento de férias e 13º salário. Mesmo que a categoria aceite a proposta de abono, reforçou o líder do PMDB, os brigadianos devem manter a mobilização para garantir a aplicação do piso de R$ 3.200,00 previsto na PEC 300, "pois a BM acreditou na promessa eleitoral do governador". Depois de semanas de protestos com a queima de pneus em rodovias do Rio Grande do Sul, os PMs buscavam 25% de aumento sobre o salário básico. Os servidores da BM recebem atualmente R$ 1.170,00, enquanto outros Estados com menor capacidade econômica reservam melhor tratamento aos agentes da segurança. Sergipe, que tem o 24º PIB do País, tem o salário inicial de R$ 2,4 mil.

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