terça-feira, 27 de setembro de 2011

Justiça do Rio de Janeiro decreta prisão de ex-comandante e mais cinco PMs pelo assassinato de juíza

O tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira é apontado como mandante do assassinato de Patrícia Acioli, executada em 11 agosto. A 3ª Vara Criminal de Niterói da Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão do ex-comandante do batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo e de mais cinco PMs. trícia Acioli. Atualmente, o oficial estava à frente do batalhão da Maré. Os outros policiais faziam parte do Grupo de Ações Táticas do batalhão de São Gonçalo, e são denunciados por forjar um auto de resistência, morte em confronto de Diego da Conceição Beliene, de 18 anos. Mas as investigações desfizeram essa tese. Horas antes de ser assassinada, a juíza havia decretado a prisão de três PMs. O tenente Daniel dos Santos Benitez e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson Araújo Miranda trabalhavam no Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º BPM, em São Gonçalo, e já haviam tido a prisão decretada pela Justiça em 12 de setembro. Eles estavam presos por outros crimes. Sinais de celulares captados por antenas e imagens de câmeras de segurança mostram que o assassinato da juíza Patrícia Acioli, de 44 anos, foi planejado com um mês de antecedência. A juíza foi atingida por 21 tiros. A necropsia mostra como causa da morte ferimentos no pescoço e no tronco. A polícia ainda analisou os dados de mais de 3 milhões de celulares que passaram entre o fórum e a casa de Patrícia Acioli em um mês, para provar que o crime foi planejado com cuidado. Considerada uma juíza "linha dura", conhecida por atuar com rigor contra grupos de extermínio que agem em São Gonçalo, Patrícia Acioli estava em uma lista de 12 pessoas marcadas pra morrer, segundo investigadores. Nos últimos 10 anos, a magistrada foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deixou a juíza desprotegida, inacreditavelmente.

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