domingo, 4 de setembro de 2011

Homenagem ao general Golbery provoca revolta em cidade gaúcha

Uma homenagem de políticos ao general Golbery do Couto e Silva (1911-1987), um dos principais nomes da ditadura militar, provocou revolta no Rio Grande do Sul. O centenário de nascimento de Golbery, no último dia 21, foi lembrado pela Prefeitura de Rio Grande (a 311 quilômetros de Porto Alegre), onde ele nasceu, com uma cerimônia e um projeto de monumento na praça central. O prefeito Fábio Branco (PMDB) disse, na ocasião, ao lado de oficiais militares, que Golbery prestou "muitos serviços" à terra natal. Só dois dos 13 vereadores da cidade se opuseram à homenagem. O general, que morreu em 1987, foi um dos principais articuladores do golpe de 1964 e o responsável pela criação do SNI (Serviço Nacional de Informações), tendo comandado o órgão durante o governo Castello Branco (1964-1967). Mais tarde, foi ministro-chefe da Casa Civil do presidente Ernesto Geisel (1974-1979), quando articulou a distensão "lenta, gradual e segura" da ditadura. Permaneceu no cargo no início do governo João Baptista Figueiredo, mas pediu demissão em 1981. Depois, apoiou a candidatura de Paulo Maluf à Presidência. O PMDB do Rio Grande do Sul, que construiu sua história no combate à ditadura militar e na luta pela redemocratização do País, deixou passar esta barbaridade cometida por um de seus filiados e fez cara de paisagem para o fato. De fato, o partido parece ter enterrado sua própria história.

Um comentário:

Ilo Kunrath disse...

Caro Jornalista!
Chega de falar mal dos militares em suas reportagens.
Se hoje vivemos uma época que podemos opinar ou até mesmo criticar por aquilo que entendemos não ser correto é graças ao CONTRAGOLPE de 1964.
Ou, tu achas que tua vida ou sua profissão hoje seria mesma se os militares não tivessem atuado?
Para finalizar, se a turma da Dilma , do José Dirceu, do Prestes, do Brizola, etc. tivessem alcançado seus objetivos, seguramente seríamos hoje ou uma Cuba, ou uma Albânia, ou uma Coréia do Norte...
A intenção deste comentário é para alertá-lo (e não polemizar) que existe o outro lado da moeda.
Concluido: - No aspecto macro do CONTRAGOLPE de 1964, nós brasileiros saímos ganhando!