segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Conflito entre moradores e tropa do Exército deixa um ferido no Rio de Janeiro

Um conflito entre soldados do Exército e "moradores" do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos uma pessoa ferida e outras três detidas, no início da noite deste domingo. A confusão começou depois que os militares abordaram um grupo de pessoas que fazia uma festa em uma rua no morro da Alvorada. O som da festa estava alto, e os soldados determinaram que o volume fosse diminuído. Diante da resistência dos "moradores", os militares desligaram o som. Foi o estopim para a revolta. Houve enfrentamento entre "moradores" e militares, que dispararam tiros de borracha e usaram spray de pimenta para dispersar a multidão. A tal de "pacificação" promovida pelos governos federal e estadual nas favelas de morros do Rio de Janeiro é uma piada. As forças policiais e do Exército ocuparam alguns morros e afugentaram os traficantes no primeiro momento. Logo a seguir, os membros do tráfico retomaram a venda de drogas, agora com proteção policial, e seus outros negócios, como o gato de televisão a cabo, a venda de botijões de gás e o transporte por meio de motos. Agora a bandidagem ensaia retomar os morros, e usa festas para promover confronto com os militares. O conflito é inevitável, porque soldado do Exército é treinado para atirar tão logo seja confrontado. Soldado não é policial. Isso ainda vai dar enormes bolos antes da Copa do Mundo e da Olimpíada. Nenhuma política de segurança no Rio de Janeiro será correta e eficaz enquanto não prender toda a malta de traficantes. Os bandidos, com o assassinato da juíza Patrícia Acioli, e com a impunidade já verificada pelo cometimento neste crime, agora partirão para matar mais juízes, promotores e políticos, entre outros. É só questão de tempo. Eles estão fazendo os ensaios dos primeiros movimentos.

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